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Título: Representatividade de aves quase ameaçadas e ameaçadas de extinção no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
Autor(es): Amarante, Rayssa T.
Bueno, Anderson S.
Cardoso, Ivana
Roos, Andrei L.
IFFar, Manuella A. Souza
Castilhos, Júlio de
Amarante, Rayssa T.
Palavras-chave: ameaçadas de extinção;CEM@VE;Unidade de conservação
Data do documento: 2021
Resumo: proteger as espécies ameaçadas de extinção. Determinar a representatividade dessas espécies em unidades de conservação (UCs) é importante para avaliar a efetividade do SNUC em contribuir para manutenção da diversidade biológica. Nosso objetivo foi (1) identificar e quantificar as espécies da avifauna brasileira consideradas globalmente quase ameaçadas e ameaçadas de extinção registradas em UCs; 2) determinar se a categoria de ameaça é relacionada com a representatividade em UCs (i.e. quantidade de UCs em que a espécie foi registrada); e (3) determinar a área protegida disponível para as espécies (i.e. área acumulada de todas as UCs em que a espécie foi registrada). Para isso, a partir do trabalho de Roos, Souza e colaboradores, dados de ocorrência de aves foram atualizados consultando 11 plataformas: ARA, Atlantic Birds, eBird, GBIF, iNarutalist, PortalBio, SIBBr, speciesLink, VertNet, WikiAves,xeno-canto. Utilizamos os registros de ocorrência de aves quase ameaçadas e ameaçadas de extinção identificadas em nível de espécie e os polígonos das UCs (597 federais, 981 estaduais e 356 municipais). Analisamos um total de 47.434 registros de aves e 1.934 polígonos de UCs. Das 297 espécies de aves consideradas quase ameaçadas e ameaçadas de extinção com ocorrência no Brasil (sensu BirdLife), identificamos 19 espécies sem nenhum registro em UCs: 5 quase ameaçadas (NT, e.g. Calonectris edwardsii), 6 vulneráveis (VU, e.g. Celeus tinnunculus), 5 em perigo (EN, e.g. Deconychura pallida) e 3 criticamente em perigo (CR, e.g. Crax pinima). Das 278 espécies registradas em UCs, identificamos 121 NT (em 335 UCs de Proteção Integral (PI) e 376 de Uso Sustentável (US)), 95 VU (em 284 PI e 319 US); 45 EN (em 170 PI e 154 US) e 17 CR (em 40 PI e 27 US). A espécie com maior representatividade foi Ramphastos vitellinus (VU; n = 127 PI e 140 US), enquanto 10 espécies estiveram representadas em apenas uma UC. A espécie com maior área protegida disponível foi R. vitellinus (89.955.715 ha), enquanto a com menor área foi Nemosia rourei (CR; 5.260 ha). Percebemos que quanto maior o grau de ameaça (CR > EN > VU > NT), menor a representatividade em UCs e a área protegida disponível. A representatividade das espécies em UCs e a área protegida disponível foram positivamente relacionadas em escala log-log para todas as espécies em conjunto e separadas por categoria de ameaça (P < 0,05 para todas as regressões). Nossos resultados mostram que o SNUC abriga a grande maioria das espécies quase ameaçadas e ameaçadas de extinção. Porém, identificamos que ainda há espécies ausentes ou pouco representadas no SNUC. Diante do cenário crescente de degradação ambiental, recategorização, redução e extinção de unidades de conservação no Brasil, é necessário direcionar esforços de conservação para os habitats não protegidos que abrigam as espécies mais vulneráveis.
Tipo: Outros
Páginas: 1
Local do depósito: https://www.icmbio.gov.br/cemave/images/stories/Publica%C3%A7%C3%B5es_cient%C3%ADficas/Amarante_etal_resumo_XXVIICBO_2021.pdf
URI: https://repositorio.icmbio.gov.br/handle/cecav/1721
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