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https://repositorio.icmbio.gov.br/handle/cecav/1532
Título : | Espécies Exóticas e Alóctones da Bacia do Rio Paraíba do Sul: |
Autor : | Moraes, Mariana Bissoli de et al. |
Palabras clave : | Biodiversidade;Conservação;Bacia do Rio Paraíba do Sul;Introdução de espécies;Organismos Aquáticos |
Fecha de publicación : | 26-jul-2017 |
Editorial : | Biodiversidade Brasileira - BioBrasil |
Resumen : | A introdução de espécies, seja intencional ou acidental, é uma das principais causas das alterações na distribuição natural dos organismos, acarretando sérios declínios populacionais de espécies nativas. Peixes exóticos começaram a ser introduzidos no Brasil a partir de 1940, com o objetivo de desenvolver a aquicultura no país. Ocorreram também translocações de espécies de uma bacia hidrográfica a outra, sobretudo de peixes da bacia Amazônica para outras regiões brasileiras. Um dos efeitos negativos das introduções está relacionado ao patrimônio genético de populações selvagens, com a possibilidade de haver hibridações que diminuem a variabilidade genética natural. Isso pode acarretar na incidência de híbridos férteis, ameaçando, assim, o estoque parental a médio ou longo prazos. Outros efeitos ecológicos negativos são a introdução potencial de patógenos, a alteração estrutural das teias tróficas e a possível depleção de populações nativas por competição ou predação. Tendo em vista a importância desse assunto e seus efeitos no ambiente aquático continental, é apresentada uma lista de espécies aquáticas exóticas e alóctones da bacia do rio Paraíba do Sul, localizada na região Sudeste do Brasil. Foram registradas 62 espécies de peixes, com predominância das ordens Cypriniformes, Characiformes e Cichliformes; três espécies de moluscos bivalves e três espécies de crustáceos decápodes. Muitas das espécies exóticas e alóctones de peixes são criadas em tanques de pisciculturas na região, sendo introduzidas em rios da bacia por eventuais escapes ou por soltura deliberada, devido ao grande interesse pela pesca esportiva e amadora. Outras são híbridas de espécies exóticas e nativas, como o tambacu (Colossoma macropomum x Piaractus mesopotamicus) e a pintachara (Pseudoplatystoma corruscans x P. fasciatum). Outras introduções são oriundas de atividades relacionadas à aquariofilia, com o registro de populações de peixes e moluscos já estabelecidas na bacia, e do lagostim Procambarus clarkii. Moluscos bivalves foram introduzidos por água de lastro de navios. O camarão-gigante-da-Malásia, Macrobrachium rosenbergii, foi introduzido para criação a partir da década de 1980 e também tem sido registrado ocasionalmente na bacia. Além desta, uma espécie alóctone de camarão, M. jelskii, é registrada no Paraíba do Sul. O dourado Salminus brasiliensis, por sua vez, ocorre em todas as porções da bacia e tem populações estabelecidas de longa data. Existem poucos programas de controle de espécies invasoras em águas brasileiras, sendo uma alternativa o incentivo à pesca direcionada às espécies introduzidas, apesar de não haver garantias de que a integridade biótica do ambiente seja restabelecida após a erradicação do invasor. Para espécies não-nativas oriundas da aquariofilia e da pesca esportiva, há sugestões recentes para prevenir/reduzir a invasão. O monitoramento da fauna aquática nãonativa é reconhecido como de extrema importância para prever a dispersão e tentar evitá-la. |
metadata.dc.type: | Artigo |
metadata.dc.localofdeposit: | https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/563 |
URI : | https://repositorio.icmbio.gov.br/handle/cecav/1532 |
ISSN : | 2236-2886 |
Aparece en las colecciones: | Livros e Publicações |
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